Milhares de apoiantes radicais de Donald Trump dirigiam-se para o Capitólio, edifício que alberga o Congresso dos EUA, depois do então Presidente, e quando Biden já era o Presidente-eleito nas eleições de 03 de Novembro de 2020, num inflamado discurso de recusa dos resultados, acusando os Democratas de terem feito uma gigantesca fraude - nunca provada e com dupla contagem dos votos - incitou os seus mais leais apoiantes a irem recuperar a sua eleição.
Esse apelo acabou por se transformar em hordas de homens e mulheres a invadir o Congresso, com imagens de destruição e violência a correr o mundo, desvitalizando a democracia dos Estados Unidos que, segundo o próprio Presidente Biden ainda está em fase de recuperação dos estragos desse dia.
"Pela primeira vez na nossa história, um Presidente não perdeu apenas as eleições, ele tentou travar e impedir a transição pacífica do poder com um impulso para a invasão do Capitólio", disse Biden no discurso de hoje, que foi elaborado para marcar o primeiro aniversário desse episódio histórico.
O inquilino da Casa Branca acrescentou que essa tentativa falhou mas isso não basta, "eles falharam mas este dia de memória do que sucedeu, devemos garantir que temos condições de que não mais acontecerá algo deste género".
E acusou Trump de dar mais importância ao seu ego e aos seus interesses pessoas que ao país, à democracia e à Constituição dos EUA.
Com estas palavras, Biden antecipou-se às conclusões da comissão de investigação do que sucedeu a 06 de Janeiro de 2021, embora o que já se sabe do decurso desse trabalho, e das condenações que já foram concluídas sobre os invasores, perto de uma centena, de 700 em andamento, tudo aponta para uma aproximação ao circulo mais próximo de Donald Trump.
Se isso vier a ser confirmado, uma das consequências, poderá haver outras, mais individualizadas, é que a sua candidatura em 2024 seja proibida por ordem judicial.