Nesta operação, que acabou com a morte de vários jihadistas, foram libertadas 95 crianças e 44 mulheres, tendo, todos, sido observados por médicos dos hospitais da região de Borno, onde eram mantidas cativas estas pessoas e onde o grupo terrorista tem a sua principal base e centro de operações.
O Boko Haram, que é hoje parte do grupo estado islâmico, que tem sofrido pesadas derrotas em países como o Iraque e a Síria, tem um vasto currículo no campo das atrocidades, sendo responsável por dezenas de ataques à bomba, muitos deles usando crianças que fazem explodir em mercados e centenas de pessoas raptadas, incluindo o conhecido caso das 200 raparigas retiradas de uma escola, em Chibok, localidade também situada na província de Borno.
Deste grupo de 200 meninas raptadas, que esteve na origem de um movimento global envolvendo figuras públicas para exigir acção do Governo da Nigéria e a sua rápida devolução à liberdade, como foi o caso da ex-primeira-dama dos EUA, Michel Obama, estão ainda por encontrar e libertar pouco mais de metade.
Apesar dessa pressão global, o Boko Haram, em Fevereiro, voltou a realizar um sequestro alargado, desta feita 113 meninas de um instituto escolar em Dapchi, no estado de Yobe, embora a quase totalidade tenha já sido libertada pelas forças de segurança nigerianas.
Em cima da mesa, desde 26 de Março, está, segundo o Governo nigeriano, a possibilidade de um acordo de cessar-fogo com os jihadistas, mas isso não garante que a sua actividade termine, visto que a sua área de acção abrange países vizinhos, como os Camarões, onde já realizaram ataques à bomba e raptaram pessoas.