Em Paris, o ministro russo das Relações Exteriores Serguei Lavrov defenderá uma Ucrânia neutra e federal, expressando a preocupação pelos direitos da minoria russa naquela ex-república soviética, que tem agora um Governo hostil a Moscovo. O Kremlin acusa o Executivo ucraniano de ser constituído por "fascistas" radicais e xenófobos que tomaram o poder "pelas armas".
Lavrov deverá igualmente adereçar o problema da Transnístria, um território de maioria russa no leste da Moldávia que, segundo Moscovo, se encontra sob bloqueio das autoridades centrais e também da vizinha Ucrânia. Este poderá ser um novo foco de tensão na Europa.
John Kerry, o homólogo norte-americano, levará a Lavrov a exigência renovada de uma retirada russa da Crimeia, território ucraniano anexado este mês por Moscovo.
Kerry deverá ainda expressar as reservas de Washington pela concentração de tropas russas junto à fronteira ucraniana, algo que Kiev entende ser a preparação para uma invasão em larga escala.
Recorde-se que na sexta-feira o Presidente russo Vladimir Putin manteve durante uma hora um telefonema com o homólogo norte-americano Barack Obama.
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