Depois de a direcção do MPLA ter anunciado, na véspera do arranque do seu VI Congresso Extraordinário, que a RNA e a TPA seriam os únicos órgãos autorizados a acompanhar os trabalhos a partir do interior da sala onde iria decorrer o conclave, garantindo que os demais meios de informação teriam as condições necessárias para fazer a cobertura do evento, os jornalistas da imprensa privada viram-se afiltos para trabalhar.
Apesar da promessa de acesso ao congresso através de uma sala secundária, equipada com material que permitiria o acompanhamento televisivo do mesmo, a experiência ficou marcada por várias falhas técnicas, tornando uma dor de cabeça a captação do som.
Com imagens do que se passava no epicentro do conclave, mas em esforço para ouvir o que era dito, os profissionais de comunicação ainda tiveram de "lutar" para enviar os textos para as respectivas redacções, visto que a ligação à internet era deficiente.
A situação torna-se ainda mais incompreensível, tendo em conta que o partido alegou motivos de organização para não abrir a sala do congresso a todos os órgãos de informação credenciados.
Segundo explicou, na última sexta-feira, 7, a directora do Departamento de Informação e Propaganda (DIP) do Comité Central, Carolina Fortes, a preparação de uma 'sala paralela" deveu-se à necessidade de assegurar uma cobertura mediática "sem constragimentos" para todos, condição que supostamente a sala principal não permitiria salvaguardar, face ao elevado número de jornalistas acreditados para o evento.