No discurso de despedida da liderança do MPLA, que ocupa desde 1979, José Eduardo dos Santos mostrou uma imagem diferente daquela que sempre ostentou, considerou Marcolino Moco, para quem o presidente cessante sempre se habituou a apresentar-se aos angolanos como "não homem".
"Mas hoje tem essa hombridade de nos dizer que afinal ele também é homem. É muito bom", ironizou, em declarações aos jornalistas à margem do conclave, o antigo secretário-geral do "Éme", aludindo ao "mea culpa" feito esta manhã pelo ex-Presidente da República.
Na sua intervenção na abertura dos trabalhos do VI Congresso Extraordinário do MPLA, o antigo Chefe de Estado salientou que "não existe qualquer actividade humana isenta de erros".
"Assumo que também os cometi", reconheceu José Eduardo dos Santos, sublinhando que "o erro é parte integrante do processo de aperfeiçoamento".
"Por isso se diz que aprendemos com os erros", reforçou.