"A diplomacia angolana passou a focar a sua principal acção na chamada diplomacia económica, tendo à cabeça o próprio Chefe de Estado que realizou visitas de Estado à África do Sul, Namíbia, Zâmbia, França, Bélgica, Alemanha, Portugal, China, Rússia, Emirados Árabes Unidos, Cuba e Qatar", disse, lembrando que, "pela primeira vez na história se fez ouvir a voz de Angola no Parlamento Europeu em Estrasburgo pelo seu mais alto representante".

"Angola participou ao mais alto nível em fóruns económicos internacionais como o de Davos na Suíça, o dos BRICS na África do Sul, o FOCAC na China, o TICAD no Japão e em breve o de Sochi na Rússia", recordou o Presidente, para reforçar que foi assinado um conjunto alargado de instrumentos de cooperação com vários países, com destaque para os acordos de facilitação e de isenção de vistos, acordos de eliminação da dupla tributação.

"Não podemos deixar de destacar o papel desempenhado pela diplomacia angolana, que culminou com a assinatura do Entendimento de Luanda, o que levou o Rwanda e o Uganda a dialogar e resolver na mesa das negociações os diferendos que os opõem e ameaçavam mesmo o eclodir de um conflito fronteiriço a acrescer à já tensa situação da Região dos Grandes Lagos", lembrou também o Chefe de Estado, que sublinhou o processo de adesão de Angola às organizações linguísticas internacionais da Commonwealth e da Francofonia e a participação do País em inúmeras reuniões internacionais ao nível da SADC, da CPLP, da UA e da Organização das Nações Unidas.


"Os ganhos de toda esta dinâmica acção diplomática nem sempre são imediatos nem mensuráveis, porque não nos anima apenas a ideia de garantir novas linhas de financiamento, até porque temos noção do quanto o país está endividado, os ganhos estão para além disso, estão nas parcerias estratégicas que se estabelecem", enfatizou João Lourenço.