Através de um comunicado distribuído ontem, 1 de Setembro, a UNITA defende que os resultados apurados em 12 províncias do país devem ser considerados "inválidos" porque não se cumpriram os preceitos previstos na lei.
As províncias em causa são o Kwanza-Norte, Kwanza-Sul, Lunda-Norte, Lunda-Sul, Bié, Huambo, Namibe, Cunene, Kuando Kubango, Huíla, Bengo e Luanda.
Para além de pedir a nulidade dos votos nessas 12 províncias, o "Galo Negro" considera que o processo revelou-se inconclusivo noutras duas - Benguela e Moxico -, embora reconheça que aí a Lei foi observada.
Feitas as contas, o principal partido da oposição apenas reconhece o apuramento realizado em Cabinda, Uíge, Zaire e Malanje.
Neste cenário, a UNITA "insta as comissões provinciais eleitorais para o estrito e absoluto respeito à lei, por estar em causa a legitimidade do poder político e a consagração do Estado Democrático e de Direito".
No mesmo comunicado, os "Maninhos" desmentem a informação, veiculada pela Comissão Nacional Eleitoral, de que os mandatários e representantes da UNITA não estiveram nas sessões de apuramento dos resultados em todas as províncias.
Segundo o "Galo Negro", o que aconteceu foi que esses responsáveis "não assinaram as actas, em virtude de os procedimentos utilizados não estarem em conformidade com a lei".
Ainda na mensagem, a UNITA contesta o que descreve como parcialidade e falta de postura institucional democrática com que os órgãos de comunicação social públicos têm tratado esta matéria.