O caso aconteceu esta semana, e um vídeo anónimo feito no local mostra o momento do ataque violento que o afectivo da PN sofreu por parte de um grupo de jovens que pontapearam e golpearam o agente da ordem em serviço naquele local.
A directora de comunicação da Polícia Nacional, comissário Engrácia Costa, repudiou o acto protagonizado pelos cidadãos, que considerou bárbaro, e revelou que os elementos em causa estão identificados e que a qualquer momento serão detidos e presentes ao Ministério Público (MP) para responderem pelo crime praticado.
"Esse caso aconteceu aquando de uma intervenção de efectivos nossos, dentro daquilo que tem a ver com cumprimento das medidas inscritas no decreto sobre a pandemia. Os números da covid-19 sobem todos os dias, e a Polícia Nacional naturalmente tem a missão de reforçar medidas para prevenir tais actos, porque a covid-19 não tem rosto e não está a escolher as pessoas atingir", disse, lamentando a actuação da população.
"Aquilo que se verificou naquele dia em que agrediram o nosso efectivo no cemitério do 14 é um acto que todos devem reprovar, e nós, a Polícia Nacional, aproveitamos a oportunidade para apelarmos às famílias, no sentido de falarem com os seus, porque aquele polícia também é um cidadão, aquele polícia é um pai, aquele polícia é um filho, é um irmão", afirmou.
"Essa gente que agrediu o polícia esqueceu-se que aquele polícia poderia ser seu parente... então nós, as famílias, devemos nos unir e apoiar a polícia no combate à prevenção da covid-19", apelou, reiterando que "é um acto reprovável" e avisando que "a Polícia Nacional não vai tolerar situações em que o cidadão comum agride os efectivos onde quer que seja".
A responsável pela comunicação da Polícia Nacional informou que se um efectivo da PN cometer alguma infracção, a população deveria apresentar uma queixa nos órgãos de inspecção para dar-se o devido tratamento, como tem estado a ser feito com os que prevaricam.
"Reiteramos o nosso apelo, nenhum cidadão deve tocar no uniforme da polícia, o polícia é um representante legal do Estado, ele representa as leis no nosso País. O polícia que ali estava não estava a passear, o polícia defendia aquilo que tem a ver com as medidas de prevenção à covid-19. Quem de nós nesta sociedade angolana, não perdeu e não está a sofrer com a situação da Covid-19?", questionou.
Numa altura em que os números da covid-19 em Angola não param de subir - nas últimas horas foram registadas mais quatro mortes e 290 novas infecções -, o comandante-geral da Polícia Nacional veio a terreiro avisar que a Polícia Nacional não teria contemplações para os cidadãos que não respeitassem as medidas de prevenção instituídas pelo decreto presidencial em vigor entre 10 de Maio e 8 de Junho. No incidente no cemitério do 14 estavam dois efectivos da Polícia Nacional para enfrentarem mais de 50 cidadãos.
Veja o vídeo: