Pesa sobre o réu a suspeita de ter desviado 50 milhões de Kwanzas de 2011 a 2015, destinados à aquisição de equipamentos para a montagem de nove laboratórios, para facilitar as aulas em cursos práticos.

Na sessão, agora adiada para esta quinta-feira, a juíza sublinhou que a presença do arguido ao julgamento é obrigatória, conforme o artigo 379 do Código Penal, já que a produção de prova sem a sua presença põe em causa a justiça.

Assim sendo, disse a juíza, é notificado o ministério público a trazer o réu sob custódia na próxima data, salvo se existirem "razões ponderadas e justificadas não verbalmente".

Já o advogado do acusado, Vicente Lombe, que também chegou atrasado à sessão, justificou a ausência do seu constituinte pelo facto de estar a recuprar de um Acidente Vascular Cerebral (AVC), desde 2017, estando a receber tratamento em casa.

Estão igualmente arrolados no caso, dois empresários, na condição de declarantes, Carlos Gonçalves e Filipe Sebastião, que teriam recebido o dinheiro para a compra dos equipamentos, mas que não foi conretizada.

O processo, cuja investigação começou em 2017, tinha hoje como data de início do julgamento, mas a ausência do principal visado forçou o adiamento.

Manuel Sahando Neto desempenhou as funções de director-geral do ISPH de 2011 (altura em que foi inaugurado) a 2015. A instituição é unidade orgânica da Universidade Mandume Ya Ndemofayo e destinada a formação de engenheiros.

A falta de docentes e de laboratórios no ISPH forçou a suspensão dos cursos de Engenharia de Construção Civil, Engenharia Mecânica e Geologia e Minas no ano académico 2021/2022.