O traficante foi apanhado em flagrante pelos efectivos do Serviço de Investigação Criminal em Luanda (SIC) no bairro Dona Kapassa, Rua 9, travessa 7, com 840 gramas de cocaína e 49 gramas de bicarbonato de Sódio, soube o Novo Jornal nesta quinta-feira junto das autoridades.

O Novo Jornal soube também que a quantidade da cocaína que foi apreendida é parte de um quilo e meio do produto proveniente da República Federativa do Brasil.

Depois do processo de comercialização da substância no País, os valores da venda eram transferidos para a conta bancária de um outro homem, que até ao momento, o que se sabe dele é que é residente de Luanda.

Deste esquema, segundo SIC, já foi enviado para a conta do indivíduo dois mil e 200 dólares norte-americanos e os 840 gramas de cocaína que estavam prestes a serem vendidas estão avaliados em mais de 50 mil dólares norte-americanos.

O traficante detido pelo SIC foi encaminhado para o juiz de garantia, enquanto diligências prosseguem para se localizar os demais elementos da rede.

No local foram apreendidos, um passaporte, dois telemóveis, duas balanças, duas caixas de lâminas, uma bandeja de alumínio e dois talheres que eram usados no momento de empacotar o produto.

Na recente reunião das polícias internacionais em Luanda, na 26.ª Conferência Regional Africana da Organização Internacional de Polícia Criminal (INTERPOL), o comandante geral da Polícia Nacional chamou a atenção para a existência no País de pontos muito fortes de consumo de drogas pesadas que os órgãos de defesa e segurança têm combatido.

Arnaldo Carlos adiantou que Angola vai partilhar estas informações importantes com os especialistas da Interpol em busca de experiência para combater aquele qe considera ser uma realidade preocupante no País.

"A droga tem estado a preocupar quase todas as polícias do mundo e nós não vamos fugir à regra, visto que o nosso País tem servido de passagens de drogas e aos poucos sentimos que existem pontos muito fortes de consumo interno", disse o comandante geral aos jornalistas.

O oficial assegurou que Angola tem que saber usar os recursos de que a Interpol dispõe, que é a partilha de informações entre as policiais, e não pode, em momento, algum deixar de aproveitar estes recursos.