José Alves Tadi terá ainda de pagar uma indemnização à família no valor de um milhão de kwanzas e 100 mil de taxas de justiça.
Os restantes arguidos, todos militares, Gabriel Domingos, José Pequenino e Lucas Tulikundene, foram igualmente condenados mas a penas de 1 ano de cadeia. Tanto Pequenino como Tulikundene estavam em liberdade a aguardar o julgamento e foram agora conduzidos ao estabelecimento prisional.
Rufino António, de 14 anos, foi morto com uma bala na cabeça que o Tribunal deu como provado ter sido disparada pelo 1º sargento Tadi.
Os três elementos das FAA agora condenados estavam acusados pelo Ministério Público da morte do jovem Rufino António quando este protestava contra a demolição da sua casa englobada no conjunto de habitações que estavam, no dia 06 de Agosto, a ser demolidas com o apoio de força militar armada.
O advogado da família, Luís Nascimento, em declarações ao NJOnline, tinha dito antes que foi feito um pedido de indemnização cível de 20 milhões de kwanzas, que deviam ser pagos pelo Estado à família do menor, o que não foi considerado pelo tribunal.
Face a isso, já hoje, Luís Nascimento disse que vai recorrer, insistindo, a pedido da família, no pedido de indemnização civel ao Estado no valor de 20 milhões de kwanzas,
O causídico justificou este pedido com o facto de os militares estarem ao serviço do Estado e apenas a cumprir ordens superiores.
Luís Nascimento lamentou ainda que o oficial superior que chefiava a Região Militar que ordenou a operação, tenente-general Simão Carlitos "Wala", não tenha sido ouvido em tribunal.
Sem se deter em mais declarações, a defesa do 1º sargento Tadi disse também que vai recorrer da sentença.
Os restantes condenados não tiveram defesa prória durante o julgamento por falta de posses para o efeito, tendi sido defendido por um advogado nomeado.