Deste número autorizado, treze são angolanos, 36 chineses e um brasileiro, restando 14 viajantes, sob vigilância.
Já o Centro de Quarentena do Calumbo conta com 92 viajantes, sendo 37 angolanos, 50 chineses, 12 americanos, um da Cote D'Ivoire e dois do Canadá.
A informação foi prestada pelo inspector da Saúde, Miguel de Oliveira, durante uma conferência de imprensa de balanço sobre o COVID-19.
Segundo o inspector, os centros têm as condições aceitáveis de alojamento, desmentindo, desta forma, informações postas a circular nas redes sociais sobre más condições em Calumbo.
"Todas as pessoas em quarentena estão a ser tratadas com o devido humanismo. É normal que os cidadãos manifestem as suas reclamações e exijam além do que têm, mas estamos a identificar as falhas nestes locais, para a devida correcção", garantiu.
Disse que a situação epidemiológica no país continua estável.
De acordo com o responsável, as unidades hospitalares de referência estão a ser equipadas, para garantir o internamento e a assistência de eventuais casos.
Apelou aos centros da periferia para encaminharem todos os casos suspeitos às unidades de referência, para a devida abordagem.
No plano de resposta de contingência, estão a ser desenvolvidas várias acções, entre as quais a capacitação de técnicos na elaboração de instrutivos normativos da saúde, bem como a união de vários departamentos ministeriais na elaboração de projectos de biossegurança.
Fez saber que, até ao dia 18 do corrente mês, foram rastreados, no Aeroporto 4 de Fevereiro, 40.794 viajantes provenientes dos vários pontos do mundo.
O número de mortos relacionados com a epidemia do coronavírus Covid-19 ultrapassou os 2.100 e as infecções já passaram a barreira dos 75 mil, informaram as autoridades sanitárias chinesas.
Na soma total de casos, mais de 75 mil infecções e 2.118 mortes, a China, onde o Covid-19 foi descoberto em Dezembro último, continua a ser o país com a esmagadora maioria das ocorências, registando-se "apenas" quatro mortos fora das suas fronteiras e os infectados permanecem ainda abaixo dos mil, em 28 países.
O vírus, o que é e o que fazer, sintomas
Estes vírus pertencem a uma família viral específica, a Coronaviridae, conhecida desde os anos de 1960, e afecta tanto humanos como animais, tendo sido responsável por duas pandemias de elevada gravidade, como a Síndrome Respiratória do Oriente Médio (MERS), transmitida de dromedários para humanos, e a Síndrome Respiratória Aguda Grave (SARS), transmitida de felinos para humanos, com início na China.
Inicialmente, esta doença era apenas transmitida de animais para humanos mas, com os vários surtos, alguns de pequena escala, este quadro evoluiu para um em que a transmissão ocorre de humano para humano, o que faz deste vírus muito mais perigoso, sendo um espirro, gotas de saliva, por mais minúsculas que sejam, ou tosse de indivíduos infectados o suficiente para uma contaminação.
Os sintomas associados a esta doença passam por febres altas, dificuldades em respirar, tosse, dores de garganta, o que faz deste quadro muito similar ao de uma gripe comum, podendo, no entanto, evoluir para formas graves de pneumonia e, nalguns casos, letais, especialmente em idosos, pessoas com o sistema imunitário fragilizado, doentes crónicos, etc.
O período de incubação médio é de 14 dias e durante o qual o vírus, ao contrário do que sucedeu com os outros surtos, tem a capacidade de transmissão durante a incubação, quando os indivíduos não apresentam sintomas, logo de mais complexo controlo.
A melhor forma de evitar este vírus, segundo os especialistas é não frequentar áreas de risco com muitas pessoas, não ir para espaços fechados e sem ventilação, usar máscara sanitária, lavar com frequência as mãos com desinfectante adequado, cobrir a boca e o nariz quando espirrar ou tossir, evitar o contacto com pessoas suspeitas de estarem