O principal partido da oposição solidariza-se com as famílias afectadas pela epidemia da cólera no documento do Comité Permanente da Comissão Política, reunido na quinta-feira, 10, em Luanda, e insta o governo a implementar medidas impactantes, capazes de retirar o país do quadro das piores estatísticas de cólera do mundo, nos 50 anos de independência.
No comunicado, a UNITA condena ainda a "postura do regime", que acusa de "continuar a investir em factores de instabilidade política, tais como a exclusão e perseguição aos opositores políticos, a interferência nos poderes judicial e legislativo e o controlo sobre os órgãos de comunicação social estatais com fim último da manutenção do poder".
O partido do "Galo Negro" repudia também "qualquer tendência do Executivo", que aponte para a manutenção da CNE nos moldes de organização e funcionamento actuais, "que não garantem a lisura nem a transparência dos processos eleitorais em Angola e exige a conformação dos órgãos de administração eleitoral às normas da SADC".
O Partido liderado por Adalberto Costa Júnior condenou igualmente "a atitude do Governo angolano que, em 13 de Março, deteve no aeroporto internacional 4 de Fevereiro e deportou entidades políticas, entre as quais ex-chefes de Estado, convidadas a participar na Conferência Internacional organizada pela Plataforma Democratas por África, em Benguela, exigindo "uma explicação e um pedido de desculpas públicas" do Presidente da República, João Lourenço, na qualidade de presidente da União Africana.