O governante adiantou nesta quinta-feira, em Benguela, que o levantamento feito forneceu custos por cada unidade das várias tipologias, mas contornou a questão relativa à quantidade necessária para a celebração do dia 11 de Novembro de 2025.
No início de uma jornada de trabalho, teceu tais considerações quando confrontado com o facto de o ministro de Estado para Coordenação Económica, José de Lima Massano, não ter contestado os valores avançados em primeira-mão pelo NJ após consulta ao Plano Anual de Contratação.
Sem qualquer referência a valores, o chefe da equipa económica do Executivo angolano preferiu, isto sim, analisar o assunto na perspectiva da importação ou produção das bandeiras no País.
Agora, ao sublinhar que "Angola não vai à China comprar bandeiras", Dionísio da Fonseca informou que os levantamentos foram feitos junto de empresas nacionais, assinalando que as informações recolhidas fazem parte do Plano Anual de Contratação.
"Não é verdade que o Estado angolano vá gastar 20 milhões de dólares em bandeiras, não existem condições", disse o ministro, antes de ter explicado que uma bandeira interior fica entre 70 mil e 120 mil Kwanzas, ao passo que a exterior custa entre 35 mil e 70 mil Kwanzas.
As outras tipologias são a fúnebre e aquela que é usada nas viaturas, com preços que, à semelhança das duas primeiras, dependem da dimensão e da qualidade do tecido.
"Mas, como devem perceber, um plano é só uma perspectiva, a sua implementação depende sempre da disponibilidade financeira", vincou.
O ministro da Administração do Território admitiu que a celeuma possa ter como pano de fundo a diferença entre o projectado e a prática, algo que se verificou antes das explicações do ministro de Estado para a Coordenação Económica, que vê inúmeras vantagens na produção de bandeiras a nível local.
O titular do MAT aproveitou a ocasião para esclarecer que as várias solicitações de bandeiras da República, apresentadas por organismos públicos e privados, determinaram a consulta ao mercado nacional, basicamente para recolha dos custos e necessidades.
"Há instituições com bandeiras hasteadas em péssimas condições, por isso queremos alterar o quadro para uma celebração com júbilo, mas também por ser a nossa missão", frisou.
Dionísio da Fonseca deu a conhecer que não haverá adjudicação directa e realçou, partindo da existência de vários operadores no mercado, que o seu pelouro vai endereçar cartas-convite (concurso limitado) a um determinado número de empresas angolanas.