Os dois únicos casos existentes até ao momento foram divulgados este sábado pela ministra da Saúde, Silvia Lutucuta, que revelou que os dois casos positivos de infecção pelo novo coronavírus causador da pandemia da Covid-19 foram ambos diagnosticados em cidadãos angolanos provenientes de Portugal.
Ambos os casos estão estáveis, garantiu este domingo a directora nacional de Saúde Pública.
O novo coronavírus já causou pelo menos 14.396 mortes em todo o mundo, de acordo com um balanço da agência noticiosa France-Presse.
Segundo os dados da AFP, libertados no fim da tarde de domingo, desde o início da pandemia da covid-19 foram detectados mais de 324.290 casos de infecção em 171 países e territórios.
De acordo com a contagem da agência noticiosa, até às 09:00 de hoje existiam pelo menos 300.097 pessoas infectadas, das quais 12.895 morreram, em 169 países e territórios.
O vírus, o que é e o que fazer, sintomas
Estes vírus pertencem a uma família viral específica, a Coronaviridae, conhecida desde os anos de 1960, e afecta tanto humanos como animais, tendo sido responsável por duas pandemias de elevada gravidade, como a Síndrome Respiratória do Oriente Médio (MERS), transmitida de dromedários para humanos, e a Síndrome Respiratória Aguda Grave (SARS), transmitida de felinos para humanos, com início na China.
Inicialmente, esta doença era apenas transmitida de animais para humanos, mas, com os vários surtos, alguns de pequena escala, este quadro evoluiu para um em que a transmissão ocorre de humano para humano, o que faz deste vírus muito mais perigoso, sendo um espirro, gotas de saliva, por mais minúsculas que sejam, ou tosse de indivíduos infectados o suficiente para uma contaminação.
Os sintomas associados a esta doença passam por febres altas, dificuldades em respirar, tosse, dores de garganta, o que faz deste quadro muito similar ao de uma gripe comum, podendo, no entanto, evoluir para formas graves de pneumonia e, nalguns casos, letais, especialmente em idosos, pessoas com o sistema imunitário fragilizado, doentes crónicos, etc.
O período de incubação médio é de 14 dias e durante o qual o vírus, ao contrário do que sucedeu com os outros surtos, tem a capacidade de transmissão durante a incubação, quando os indivíduos não apresentam sintomas, logo de mais complexo controlo.
A melhor forma de evitar este vírus, segundo os especialistas é não frequentar áreas de risco com muitas pessoas, não ir para espaços fechados e sem ventilação, usar máscara sanitária, lavar com frequência as mãos com desinfectante adequado, ou sabão, cobrir a boca e o nariz quando espirrar ou tossir, evitar o contacto com pessoas suspeitas de estarem infectadas.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) organizou um guia essencial sobre o coronavírus/Covid-19 que pode ver aqui.