A informação consta do despacho presidencial n.º79/18, publicado em Diário da República no passado dia 12 de Julho.
Segundo o documento, consultado pelo NJOnline, "é autorizada a modificação subjectiva do contrato para a construção do aproveitamento hidroeléctrico de Caculo Cabaço, com a saída das empresas CGGC [China Gezhouba Group Corporation] & Niara Holding Limitada e Boreal Investment Ltd, ficando como parte única no contrato e respectivas prestações e responsabilidades a empresa Gezhouba Group Company".
A alteração contratual, indica o despacho, não afecta o objecto do contrato nem o seu equilíbrio financeiro.
Recorde-se que, no ano passado, Isabel dos Santos foi apontada como a grande beneficiária do projecto de Caculo Cabaça, informação que a mesmo se prontificou a desmentir.
Com um custo estimado de 4,5 mil milhões de dólares e uma produção 2 170 mega watts eléctricos (MWe), a barragem de Caculo Cabaça, no rio Kwanza, é a maior obra deste género em construção por uma empresa chinesa no continente africano.
O projecto foi incluído no Programa de Investimento Público (PIP) em 2015, como uma das obras estruturantes para combater o défice da produção eléctrica e promover a qualidade de vida dos cidadãos e o desenvolvimento económico e social do país.
Primeira pedra do projecto lançada no ano passado por JES
De acordo com os planos de construção, 10 mil trabalhadores vão erguer a barragem, que se já estivesse em funcionamente permitiria fornecer energuia a 8 milhões de pessoas.
Este complexo hidroeléctrico, cuja primeira pedra foi lançada no ano passado pelo então Presidente da República, José Eduardo dos Santos, vai relegar a barragem de Laúca para o segundo lugar das maiores obras púbicas em Angola.
A sua grandeza justicou que a agência de notícias chinesa Xinhua tivesse destacado tratar-se do maior projecto conduzido em África por uma companhia chinesa.