"Para além do cumprimento da nossa obrigação constitucional, estas próximas eleições são também uma celebração do nosso percurso democrático e uma determinação do futuro que todos desejamos", afirmou o Presidente Cyril Ramaphosa, em comunicado, em que apelou a todos os sul-africanos para que exerçam o seu direito democrático de voto e aos que vão fazer campanha para que o façam de forma pacífica, no pleno respeito da lei".
De acordo com as sondagens, o Congresso Nacional Africano (ANC, na sigla em inglês), no poder desde as primeiras eleições democráticas do país em 1994, com a queda do apartheid, há 30 anos, poderá perder pela primeira vez a sua maioria absoluta no parlamento e ser forçado a formar um Governo de coligação, que Ramaphosa, durante a celebração do 112.º aniversário do ANC, refutou, pedindo uma vitória "clara" nas eleições gerais.
"Não queremos uma coligação. O que o ANC precisa é de uma vitória clara", afirmou, embora sondagens recentes insinuem que o partido de Nelson Mandela poderá voltar a ter menos de 50%, pois em 2021, nas eleições autárquicas, sofreu os piores resultados da sua história.
Ramaphosa, que destaca os progressos das últimas três décadas em matéria de direitos laborais, habitação ou acesso à educação, também admite que o país precisa de resolver problemas como a criminalidade, o elevado nível de desemprego ou a crise energética, que tem provocado constantes cortes de electricidade nos últimos anos.
Nas eleições gerais na África do sul, os eleitores votam num partido e não num candidato presidencial. Depois, são distribuídos os 400 lugares no Parlamento pelos partidos, de acordo com a sua quota-parte de votos, e os legisladores elegem o Presidente.