Donald Trump dirigiu-se ao país na noite de quinta-feira para voltar a insistir que esta eleição está a ser um processo fraudulento e influenciado pelos media, mas algumas das principais estações de televisão dos Estados Unidos, como ABC, CBS e NBC, cortaram o discurso do Presidente no horário nobre, enquanto a Fox News, referência informativa do Partido Republicano, desmentiu as alegações de Donald Trump.
"Não vimos nada que constitua fraude ou abuso do sistema", disse o correspondente da Casa Branca para a Fox News, John Roberts, em directo, da mesma sala de imprensa em que o Presidente falara segundos antes.
Enquanto isso, as três principais estações de sinal aberto - NBC, ABC e CBS - cortaram e desmentiram vigorosamente o discurso de Trump em pleno directo.
"Temos de interromper Trump porque o Presidente fez uma série de afirmações falsas", disse o jornalista Lester Holt, apresentador do NBC Nightly News, um dos três programas de notícias mais seguidos na televisão em sinal aberto.
O mesmo foi feito por David Muir, apresentador do noticiário mais seguido no país, com oito milhões de telespectadores diários, o ABC World News Tonight.
"Simplesmente não houve prova, em nenhum desses estados, de que haja votos ilegais", disse.
O Washington Post, o New York Times e o Los Angeles Times desmentiram igualmente o Presidente.
Também a Justiça da Geórgia e do Michigan negou provimento aos primeiros processos movidos por Trump, que depende do apoio mediático da Fox News, que se vai diluindo, e de plataformas "alternativas" que surgiram nas redes sociais.
Os últimos resultados provisórios, anunciados nos meios de comunicação norte-americanos às 04h30 locais (08h30 em Luanda), dão a Biden uma vantagem sobre Trump de 917 votos.