Qual a ideal construção da modernidade africana? Os rios vegetam agricultura, porém os frutos a que somos alimento desaguam no arquipélago dos naufrágios - os tecnocratas vão-nos apontando o caminho; os empíricos cristalizam a experiência humana; a ciência obriga-nos novamente a ser célula microscópica do saber; os sociolinguistas codificam a palavra; os biólogos e botânicos pronunciam-se no controlo de suas faculdades e reflorestam a esperança; os agrónomos cristalizam-se e as enxadas que ontem serviram de arma do ecossistema desintegram-se das florestas - os homens apagaram o verde dos arbustos e no céu cimentado resguardam-se (protegidos do Apocalipse). Quem nos tirou o rio? - O agricultor pergunta-se. Enquanto carrega de mão em mão o leite da cabra originário das montanhas agrestes, a couve «Brassicaceae» para alimento dos órfãos, o milho, o arroz, o feijão e o tomate para manuseamento das mulheres, o algodão para aconchego dos filhos.
A cabeça de boi para pagamento das dívidas e reservatórios de combustível, e escondido na mão direita o veneno alegre da embriaguez e o mosaico do tabaco. Não obstante e não menos importante: a cana-de-açúcar para não sentir a amargura de seu tempo. Mesmo assim se pergunta (o agricultor): - Quem nos tirou o rio? O agricultor pára e bebe o sumo das frutas maduras e segue sem o antídoto para encontrar outras águas que não as do rio.
Vê a Cultura da Banana destruída pela peste, pragas e inundações das águas das Chuvas. O agricultor olha novamente cabisbaixo para o futuro: (...) "18 E ouve vozes, e trovões, e relâmpagos, e houve um grande terramoto, como nunca houve desde que há homens sobre a terra; tal foi este tão grande terramoto. Apocalipse 16. 17(...)". Os filhos do agricultor olharam novamente cabisbaixos para o presente: (...) "3 Porque todas as nações beberam do vinho da ira da sua fornicação, e os reis da terra se fornicavam com ela; e os mercados da terra se enriqueceram com a abundância de suas delícias. 4 E ouvi outra voz do céu, que dizia: Sai dela, povo meu, para que não sejas participante dos seus pecados, e para que não incorras nas suas pragas. Apocalipse 18" (...).
(Leia este artigo na íntegra na edição semanal do Novo Jornal, nas bancas, ou através de assinatura digital, disponível aqui https://leitor.novavaga.co.ao e pagável no Multicaixa)