"Está realidade pode permitir uma nova abordagem desta crise interna do partido no poder e conduzir à reconciliação no seio do MPLA", disse ao NJOnline o porta-voz da UNITA, Alcides Sakala, quando reagia à posição do Governo sobre o caso 27 de Maio pela voz do ministro da Justiça e dos Direitos Humanos de reconhecimento das "execuções sumárias" e das "prisões arbitrárias".
Segundo o porta-voz do principal partido da oposição, o pronunciamento do ministro da Justiça e Direitos Humanos "é uma passo importante, porque houve de facto muitos excessos".
"Morreram e desapareceram milhares de angolanos que nada tinham a ver com o 27 de Maio", acrescentou, lamentando que permaneça por resolver o problema "dos desaparecidos e do sepultamento em valas comum de milhares de inocentes".
"Há que se restituir os restos mortais às famílias para poderem enterrar condignamente os seus entes queridos para além de outras questões afins", como, por exemplo, a emissão de certidões de óbito, concluiu.
Para além das declarações do ministro da Justiça e dos Direitos HUmanos, Frabcvisco Queiroz, também os sobreviventes do 27 de Maio endereçaram uma carta ao Presidente da República a elogiar o novo olhar sobre este episódio trágico da história de Angooa pós-independência.