José Joaquim Laurindo, citado pela agência Lusa, reagiu ao anúncio da aprovação em breve de um novo salário mínimo nacional feito pelo Presidente da República, em Menongue, enquanto líder do MPLA, no lançamento da agenda política do seu partido, num acto público realizado na província do Kuando Kubango.
"Uma proposta para o salário mínimo nacional justa nunca pode ser inferior ao preço da cesta básica, que está neste momento no valor de 122.000 kwanzas", afirmou José Joaquim Laurindo.
João Lourenço, que não avançou qualquer proposta, sublinhou que a medida visa aumentar os rendimentos dos trabalhadores e respectivas famílias, declarando que o seu partido tem "plena noção que o poder de compra dos trabalhadores e dos cidadãos no geral não é grande" por razões conjunturais.
Mas as negociações entre o Governo e os sindicatos não estão a correr muito bem no que respeita ao dossier salário mínimo. Em conferência de imprensa realizada na quinta-feira, em Luanda, o secretário-geral da UNTA-CS afirmou que as propostas encontradas "são diametralmente opostas".
"Quer dizer, tanto a proposta do Executivo, que é bastante baixa, quer do grupo de empregadores, que também é baixa, não encontra e nem vai encontrar aceitação do movimento sindical angolano no seu todo", declarou.
José Joaquim Laurindo pediu aos filiados e dirigentes sindicais para que se preparem "para uma luta renhida neste dossier salário mínimo nacional"
O salário mínimo está actualmente nos 21.454,10 kwanzas nos sectores da agricultura e função pública, 26.817,00 kwanzas nos dos transportes, serviços e indústria transformadora e 32.181,00 kwanzas nos sectores do comércio e indústria extractiva, aumentos que re de 30% face ao valor definido em 2017.