Segundo explica Marcolino Moco, em 1996, a organização lusófona avançou com base nos seus próprios estatutos que, no caso, implicam a utilização do critério da ordem alfabética para que um dos países lusófonos assuma o cargo de secretário-executivo.
Esta posição contraria a versão do actual secretário-executivo Murade Murargy."Dizem que é de 1996, quando foi a constituição da CPLP. Segundo dizem, houve um acordo de cavalheiros, não escrito", disse o diplomata moçambicano.
Já Marcolino Moco contrapõe: "Não senhor. Na minha vez, nunca ouvi tal acordo verbal e isso nem sequer está escrito em lado nenhum". Contudo, o angolano admite, sem adiantar pormenores, que ouviu falar da questão "apenas este ano".
Tendo em conta que, além de Angola, o Brasil (Dulce Pereira e João Augusto de Médicis, 2000/04), Cabo Verde (Luís Fonseca, 2004/08), Guiné-Bissau (Domingos Simões Pereira, 2008/12) e Moçambique (Murade Murargy, 2012/Julho de 2016), já exerceram o cargo, caberá agora a Portugal apresentar um nome na próxima cimeira da organização, marcada para Julho no Brasil. Contudo, esta possibilidade está a dividir o bloco lusófono.