"É preciso que haja consenso da família para não prejudicar aquilo que é património da Nação. O Presidente José Eduardo dos Santos, apesar de ser da família, é património da Nação e é preciso que haja bom senso da família para não prejudicar aquilo que é da Nação. Nem se prendem pessoas em dias de óbito, a própria Lei exclui essa possibilidade. Mas a prisão não é o remédio, os seres humanos têm de conversar sempre", disse o vice-procurador geral da República.

Questionado sobre como estão as negociações, Mota Liz assegurou que a PGR está a tratar directamente a questão e que pensa estar em bom caminho.

Já o ministro da Justiça e dos Direitos Humanos, Francisco Queiroz, acredita que haverá bom senso da família para que o corpo do ex-Presidente venha para o País.

"A família tem de facto a última palavra neste domínio. Embora seja uma questão de Estado, mas essa matéria não pode passar ao lado da família ", disse o ministro, dizendo acreditar que haverá bom senso da família de "Zédu".

José Eduardo Dos Santos, que governou Angola entre 1979 a 2017, morreu na passada sexta-feira, 08, na Catalunha, Reino de Espanha, vítima de doença prolongada.

O chefe de Estado, João Lourenço, abriu o livro de condolências com uma mensagem em que reconhece José Eduardo dos Santos como o homem entregou a vida à defesa e independência da soberania nacional.

Neste momento continuam a decorrer as homenagens ao antigo Chefe de Estado angolano no Memorial Dr. António Agostinho Neto.