"Colocámos o nosso país na corrida para a aquisição da vacina da malária que será uma revolução para nós", esclareceu a ministra no final de uma visita de constatação das obras em curso dos hospitais Geral de Cacuaco, Américo Boavida e Neves Bendinha.
"Precisamos de tomar um conjunto de medidas", disse a ministra, lembrando que o Executivo está preocupado e a trabalhar de forma coordenada no sentido de melhorar cada vez mais a assistência médico-sanitária das populações.
Recentemente, a Organização Mundial de Saúde (OMS), a Aliança Global para Vacinas e a Unicef anunciaram que a primeira vacina contra a malária será distribuída, pela primeira vez, a 12 países africanos nos próximos dois anos.
Desde 2019 que o Ghana, Quénia e Malawi aumentaram significativamente a administração da vacina contra a malária através de um programa piloto, que chegou a mais de 1,7 milhões de crianças nos três países, demonstrando ser segura e eficaz.
Apesar de 28 países terem manifestado interesse em receber esta primeira vacina contra a malária, apenas 12 países vão receber as 18 milhões de doses disponíveis.
A escolha dos países teve a ver com a definição das zonas mais necessitadas, onde o risco de doença e morte por malária entre as crianças é maior.
Dados oficiais dão conta que Angola registou, no primeiro trimestre, mais de dois milhões de casos, e 2.673 pessoas morreram devido à doença. Em 2022, de acordo com dados oficiais, foram notificados mais de nove milhões de casos de malária, sendo a faixa etária dos maiores de 15 anos de idade a mais atingida, com 38 por cento dos casos.
A malária é uma das doenças mais mortíferas em África, matando quase meio milhão de crianças com menos de cinco anos todos os anos, e representa aproximadamente 95% dos casos mundiais de malária e 96% das mortes em 2021.