A nova vacina contra a malária (paludismo) é a nova arma contra a doença gerada pelo parasita plasmódio que mata perto de 400 mil pessoas por ano, sendo que é em África que ocorrem mais de 90% das vítimas.
E é a doença que mais mata em quase todos os países da África Subsaariana, como é disso exemplo Angola, onde segundo a Organização Mundial de Saúde, está por detrás de 40% das doenças e 42% das mortes no país.
Na génese da situação negativa de Angola está, ainda segundo esta agência da ONU, a elevada transmissão, o "acesso limitado e disponibilidade de serviços de saúde ao alcance das comunidades, recursos inadequados, resistência aos insecticidas e a ameaça das alterações climáticas, que perturbam significativamente os esforços eliminação desta doença".
Face a este quadro, os especialistas apontam para a urgente procura de soluções que permitam salvar milhares de vidas todos os anos, como está a tentar o Governo dos Camarões, com o arranque da vacinação de rotina das crianças e que a ministra da Saúde garante poder acontecer também em Angola em breve.
Nesta fase de arranque do programa, as autoridades sanitárias dos Camarões visam a vacinação de 250 mil crianças, sendo objectivo aumentar este número gradualmente.
A GAVI, aliança global para a vacinação, parceira deste projecto, está a trabalhar, segundo as agências, com 20 países africanos onde pretende atingir a cifra de 6 milhões de crianças vacinadas durante o ano de 2025.
No continente africano são registados anualmente perto de 200 milhões de casos da doença dos quais resulta um número a rondar as 400 mil mortes anuais.
Actualmente existem duas vacinas, aprovadas recentemente pela OMS, que estão disponíveis para estes projectos, sendo que a sua taxa de eficácia ainda é inferior à media das restantes vacinas.
Por isso, a OMS e a GAVI insistem que a par da vacinação os Governos devem manter o esforço nos programas de redução de casos tradicionais, como o uso intensivo de mosquiteiros, enquanto a ciência não resolve o problema da relativamente baixa eficácia deste medicamento.
Há, porém, esperança no horizonte, com uma nova vacina que pode estar disponível nos próximos tempos, produzida na Universidade de Oxford e que a OMS já aprovou.