No Cazenga, segundo fonte da Protecção Civil e Bombeiros (SNPCB) perderam a vida três crianças, uma com 13 anos, outra com sete e outra com seis anos, em consequência do desabamento de uma residência.
Foi ainda o desabamento de uma residência cuja estrutura débil não resistiu à força da chuva que ceifou a vida a duas crianças, ambas com três anos, no município de Luanda, na área do Porto Pesqueiro.
No Kilamba Kiaxi a morte apanhou de surpresa filha e mãe, de 38 e 15 anos, por electrocussão.
Este balanço, ainda por fechar mas já especialmente trágico porque se trata de seis crianças, é o resultado de chuvas que o SNPCB considera, como hoje afirmou, em declarações transmitidas pela TV Zimbo, o seu porta-voz, Faustino Minguês, fracas a moderadas.
E já estavam previstas pelo instituto de meteorologia (INAMET), que tnha antecipado para os dias 19, 20 e 21 a ocorrência deste tipo de pluviosidade, o que deixa antever que as próximas horas vão voltar a ocorrer o mesmo tipo de aguaceiros ou chuva continuada de fraca a moderada, com ocorrência de trovoada.
Recorde-se que em Março, há cerca de um mês, também morreram várias pessoas em Luanda devido às chuvas, incluindo crianças.
Por entre os dados trágicos no que respeita à perda de vidas, a capital do País sofreu ainda com a inundação de centenas de habitações, a querda de pelo menos uma ponte, a Ponte do Kamorteiro, quedas de árvores, viaturas destruídas ou severamente danificadas, estradas danificadas e com toneladas de lixo acumulado há meses a serem espalhadas por partes da cidade onde este ainda não tinha surgido como um problema grave.
Os especialistas advertem que a mistura de chuvas e as toneladas de lixo é potencialmente explosiva porque podem servir de ignição para o surgimento de epidemias de doenças como a cólera ou a febre amarela, como, de resto, já sucedeu em 2016, em que a febre amarela e a cólera ceifaram milhares de vidas quando idêntico cenário se verificou.