O novo caso foi anunciado pela directora provincial da Saúde, Kavenaweteko Adelaide Malavo, que disse tratar-se de um dos dois casos suspeitos da doença registados em Novembro e Dezembro no município de Maquela do Zombo, que faz fronteira com a República Democrática do Congo (RDC).
O primeiro caso confirmado no País foi diagnosticado em Luanda, em Novembro, numa mulher congolesa, de 28 anos de idade, seguindo-se o do seu filho, menor de idade.
Segundo a médica epidemiologista Rosa Moreira, o segundo caso foi confirmado na província de Luanda, numa criança de dois anos, que se encontra nas instalações do Centro Especializado de Tratamento de Endemias e Pandemias (CETEP), em situação estável.
Segundo as autoridades da saúde, estão em curso, para a protecção da população, medidas de desinfecção de áreas contaminadas, identificação e rastreamento de contactos, bem como investigação epidemiológica aprofundada.
O Ministério da Saúde recomenda várias medidas preventivas, como lavar frequentemente as mãos com água e sabão ou desinfectar com álcool gel, não caçar, nem comer a carne de macacos e roedores (ratos, camundongos e esquilos), e evitar a exposição directa com a carne e sangue destes animais. Recomenda também que seja evitado o contacto físico com pessoas que apresentem os sinais ou sintomas da doença.
A restrição abrange os materiais e utensílios usados por pessoas com sinais ou sintomas da doença, entre os quais vestuário, roupas de cama, toalhas, pratos, copos e talheres. Recomenda igualmente o uso de luvas e roupas apropriadas durante o manuseio dos animais, inclusive no procedimento de abate.
O MINSA pede ainda aos cidadãos que, no caso de alguns dos sintomas desta doença, procurem imediatamente a unidade de saúde mais próxima. Esta nova estirpe, denominada "clade 1b", foi detectada na República Democrática do Congo em Setembro de 2023 e mais tarde foram reportados casos em vários países vizinhos.
Segundo a OMS, esta doença é mais grave do que a anterior e daí a necessidade de classificar como uma emergência mundial. A nova variante pode ser, além disso, facilmente transmitida por contacto próximo entre dois indivíduos, sem necessidade de contacto sexual, e é considerada mais perigosa do que a variante de 2022.
Em 2022, a OMS declarou o mpox como emergência global depois de se ter espalhado para mais de 70 países que não tinham qualquer historial de contacto com o vírus até então, tendo afetado sobretudo homens homossexuais e bissexuais. Antes disso, a doença foi sobretudo detetada em surtos ocasionais na África central e ocidental quando as pessoas entravam em contacto com animais selvagens infetados.