O Egipto entende que 916 milhões USD é o valore justo como compensação para os prejuízos causados pela interrupção do Canal do Suez, que liga, em larga escala, o Mediterrâneo ao Índico, durante uma semana, depois de se ter atravessado, ao fim do dia de 23 de Março, no estreito canal, quando a região era fustigada por uma tempestade de areia, embora a versão oficial do Cairo é que se tratou de uma falha inerente ao funcionamento do navio.
A autoridade de gestão do Canal do Suez (SCA, na sigla em inglês) exigem o pagamento desta verba para libertarem o porta-contentores que se encontra numa espécie de lago que se encontra a meio do canal, estando sob custódia da justiça egípcia.
O Ever Given, com mais de 400 metros, é um dos maiores porta-contentores do mundo.
De acordo com as agências, as autoridades do Cairo não divulgaram quais as razões avançadas para a compensação exigida, mas sabe-se que o Canal do Suez é uma das grandes fontes de receitas do país, o que resulta da cobrança de taxas sobre os navios que usam este infra-estrutura construída em 1858 para libertar os navios da longa volta ao continente africano para ligar a Ásia à Europa.
Entretanto, segundo a Bloomberg, o armador do Ever Given, a japonesa Shoei Kisen Kaisha Ltd., optou por não comentar a exigência egípcia enquanto decorrem negociações com a SCA.