O combate à corrupção na Nigéria, que foi uma das bandeiras do Presidente Muhammadu Buhari para vencer as eleições de 2015, exibe um novo "troféu": a investigação contra a ex-ministra dos Petróleos, Diezani Alison-Madueke.
A antiga governante, que recentemente viu várias propriedades serem confiscadas pela Justiça - incluindo uma moradia avaliada em 37,5 milhões de dólares, num dos bairros mais nobres da cidade de Lagos -, tem agora o seu património subtraído em 7,6 milhões de nairas, correspondentes a 21 milhões de dólares.
De acordo com a acusação, o dinheiro está depositado em várias contas bancárias na Nigéria, que foram abertas por representantes da NNPC - a companhia petrolífera estatal da Nigéria - durante o seu mandato, cumprido de 2010 a 2015.
Para além da investigação nigeriana - conduzida pela Comissão de Crimes Económicos e Financeiros - a antiga ministra, que foi uma das peças-chave da presidência de Goodluck Jonathan, está a ser alvo de um inquérito em Inglaterra, onde chegou a ser detida - tendo sido entretanto libertada sob caução - no âmbito de um escândalo de corrupção e branqueamento de capitais.
O seu nome surge ainda associado em investigações nos EUA e em Itália, mas é na Nigéria que o caso ganha especial destaque, como exemplo da luta anti-corrupção aberta pelo Presidente.