O ataque teve lugar na cidade de Dablo, no centro-norte do Burkina Faso, e ocorreu no momento em que os fieis deixavam o templo - às 09:00 locais -, tendo sido cercados com um grupo de cerca de 20 homens armados, matando de imediato seis, segundo revelaram fontes locais citadas pela Reuters.
Este foi o segundo ataque a uma igreja no período pascal, sendo os radicais islâmicos com ligações à al-qaeda do Magrebe e ao daesh (estado islâmico) os principais suspeitos, embora ainda não tenha sido reivindicado.
A seguir a mortandade, os atacantes incendiaram a igreja e pilharam diversas lojas localizadas nas imediações, deixando ainda alguns veículos queimados pelo caminho.
O presidente da autarquia local, Ousmane Zongo, disse que estes ataques terroristas contra cristãos visam dividir estas comunidades, a muçulmana e a cristã, como forma de facilitar a ocupação territorial por esses mesmos grupos.
Cerca de 55 % da população deste país é muçulmana e cerca de 30% é cristã, sendo a relação ancestral entre as duas comunidades pacífica a ponto de os casamentos serem comuns entre estas.
Provocar o afastamento entre cristãos e muçulmanos é uma das intenções dos radicais islâmicos.
Foram estes mesmos ataques, que se têm repetido nos últimos meses, que levaram o Governo a decretar o estado de emergência nas províncias do norte, próximas da fronteira com o Mali.