A vantagem de produzir a sua própria vacina é não ficar a depender de comprar vacinas produzidas por outros países, podendo Angola não ter dinheiro suficiente para o fazer. Deste modo, como muitos outros países, Angola juntou-se a uma iniciativa global que pretende fornecer vacinas a um preço justo e equilibrado: a COVAX. Embora a iniciativa seja interessante, a escolha do nome parece ter sido um pouco infeliz, pois parece mais um aplicativo que permite caminhar apressadamente para o lado de lá. Cova eXpress, evitando a chatice da quarentena.
Se, de facto, fôssemos capazes de produzir a nossa vacina, seria importante a escolha de um nome adequado à grandiosidade do acto. Um país em vias de desenvolvimento a produzir uma vacina para todo o mundo. Antes da sua produção em massa e testes clínicos, teríamos primeiro de escolher o nome. Este processo poderia ser feito através de um concurso público, apelando à fértil imaginação dos angolanos ou numa reunião de representantes da sociedade civil escolhidos de forma aleatoriamente indicada. Claro que seriam estabelecidos alguns pré-requisitos para a escolha do nome, sendo que o mais importante seria ter a letra "Kapa". Uma boa forma de relembrar a distante província do KK que viu a sua grafia alterada por causa da nova toponímia das cidades e províncias. O som do Kapa dá medo e precisamos de amedrontar o vírus.
(Leia este artigo na íntegra na edição semanal do Novo Jornal, nas bancas, ou através de assinatura digital, disponível aqui https://leitor.novavaga.co.ao e pagável no Multicaixa)