"Estamos a assistir com alguma apreensão à emigração dos nossos jovens, sobretudo para a Europa, em condições bastante perigosas e, diria mesmo, vergonhosas", assinalou o ministro da Defesa, na sua comunicação sobre Juventude Africana, apresentada na 29.º Cimeira de Chefes e Estado e de Governo da União Africana, que termina hoje em Adis Abeba, capital da Etiópia.
Segundo João Lourenço, os jovens africanos só arriscam tudo ao atravessar o Mediterrâneo porque "andam atrás de melhores condições de vida" e "não vêem futuro no seu continente".
Preocupada em inverter este quadro, a Cimeira da União Africana "estuda formas de reter a juventude no continente, porque é o capital maios precioso que África tem", adiantou o governante angolano, em declarações citadas pelo Jornal de Angola.
Para além de chamar a atenção para a situação da juventude, o ministro da Defesa lembrou que o tema da paz e segurança continua a marcar a actualidade regional, conforme demonstram os conflitos no Sudão do Sul, República Centro Africana, República Democrática do Congo e também no Burundi.