Uma fonte da Comissão Nacional Eleitoral (CNE), que prestou a informação ao Novo Jornal Online, adiantou que os observadores da SADC vão acompanhar as eleições nas províncias do Bengo, Benguela, Cabinda, Cunene, Kwanza-Norte, Kwanza-Sul, Huambo, Huíla, Luanda, Lunda-Norte, Malanje, Moxico e Zaire.
"As condições estão criadas para que os observadores façam o seu trabalho com isenção. Eles têm em atenção todas as condições previamente estabelecidas nos regulamentos e procedimentos eleitorais para aferirem o seu cumprimento", afirmou.
"Os observadores da União Africana (UA), da Comunidade Económica dos Estados da África Central (CEEAC) e da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) começaram a ser distribuídos em algumas regiões do País, nomeadamente, Luanda, Huíla, Benguela, Uíge, Kwanza-Sul e Huambo", esclareceu sem adiantar o número.
Recorde-se que a lei eleitoral angolana não limita o número de convidados do Presidente da República, contrariamente ao que sucede com a Assembleia Nacional, que só pode convidar até 50 observadores internacionais, enquanto os partidos políticos têm uma quota limite de 18 observadores internacionais, e o Tribunal Constitucional 24.
A Assembleia Nacional tem como convidados o Fórum Parlamentar da SADC, o Fórum Parlamentar da CPLP, o Parlamento Pan-africano, o Parlamento Europeu, o Fórum Parlamentar da Conferência Internacional da Região dos Grandes Lagos, o secretário-geral da União Interparlamentar e o secretário-geral da União Parlamentar Africana.
Por seu turno, o Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA, no poder) convidou vários partidos, como a Frelimo (Moçambique), a Swapo (Namíbia), o PAICV (Cabo Verde), o PCT (Congo-Brazzaville), o PCP, PS e o CDS (Portugal), o Partido dos Trabalhadores (Brasil), o PSD (Suécia), a ZANU-PF (Zimbabwe), o ANC (África do Sul) e o PSOE (Espanha).
A União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA), principal partido da oposição, indicou como observadores eleitorais a Fundação Carter dos Estados Unidos, o Partido de Renovação Social (PRS) da Guiné-Bissau, o Partido Popular Espanhol, a MLC da República Democrática do Congo, a Renamo de Moçambique, o Movimento Democrático de Moçambique e a Fundação Konrad Adenauer da Alemanha.
Vão estar na disputa pelos votos dos 9,3 milhões de eleitores, conforme o sorteio que ditou a disposição no boletim de voto, a União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA), que propõe Isaías Samakuva para Presidente da República, a Aliança Patriótica Nacional (APN), cujo cabeça de lista é Quintino Moreira, o Partido da Renovação Social, cuja aposta para a Presidência é Benedito Daniel, o Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA), que tem João Lourenço para substituir José Eduardo dos Santos na Cidade Alta, a Frente Nacional de Libertação de Angola (FNLA), com Lucas Ngonda a liderar a lista; e a Convergência Ampla de Salvação de Angola - Coligação Eleitoral (CASA-CE), que apresenta Abel Chivukuvuku para Chefe de Estado.