O Estado angolano deverá gastar, somente com os quatro partidos e uma coligação de partidos com assento parlamentar, 33,5 mil milhões de kwanzas até 2022, data em que termina o presente mandato iniciado em 2017, fruto das eleições ocorridas no mesmo ano.

A despesa é destinada apenas às organizações partidárias com assento parlamentar e resulta da fórmula de atribuição prevista na Lei 10/12, de 22 de Março, Lei do Financiamento aos Partidos Políticos.

O diploma refere que todos os partidos e coligações de partidos políticos que consigam eleger deputados têm direito a uma subvenção, em que se multiplica o número de votos obtidos nas eleições por mil, ou seja, cada voto equivale a mil kwanzas.

De acordo com cálculos do Novo Jornal, devido ao número de votos obtidos por cada partido e coligação nas eleições de 2017, o Estado deve gastar, por ano, 6.707 milhões Kz.

Entretanto, o MPLA é o partido que mais encaixa, são pouco mais de 4,1 mil milhões Kz, como resultado dos 4,1 milhões de votos. A UNITA, maior partido na oposição, retém 1,8 mil milhões Kz, a coligação CASA-CE 639,7 milhões Kz, o PRS 89,7 milhões Kz e a FNLA, o que menos recebe, face ao número de votos que não ultrapassam os 61.394, encaixa 61,3 milhões Kz.

É com esses montantes que os partidos devem realizar os seus actos de mobilização junto da população, sendo que as actividades dos deputados, no quadro da Assembleia Nacional, são cobertas pelo próprio Parlamento.

(Leia este artigo na íntegra na edição semanal do Novo Jornal, nas bancas, ou através de assinatura digital, disponível aqui https://leitor.novavaga.co.ao e pagável no Multicaixa)