A Lucapa Diamond informa no seu site oficial que a descoberta "histórica" do diamante tipo IIa, uma das formas mais raras e puras de pedras naturais, será vendida em leilão internacional, "provavelmente a um preço estonteante".
Embora o Lulo Rose tivesse de ser cortado e polido para perceber o seu verdadeiro valor, num processo que pode fazer uma pedra perder 50% do seu peso, diamantes rosa semelhantes foram vendidos por preços recordes, lembra a Lucapa, que refere o Pink Star, uma gema de 59,6 quilates vendida num leilão em Hong Kong em 2017 por 71,2 milhões de dólares, e continua a ser o diamante mais caro alguma vez vendido.
As descobertas consolidam o estatuto da exploração do Lulo como a estrela das minas de diamantes angolanas.
Longe de ser a mais produtiva, esta mina é, no entanto, aquela que tem produzido as gemas mais valiosas por quilate, tendo mesmo batido o recorde mundial em 2016, quando o preço médio chegou aos 2.983 dólares.
Com os primeiros diamantes encontrados datados de 1912, por geólogos belgas que fizeram uma incursão à zona das Lundas a partir do então Congo-belga, actual RDC, foi em 1917 que teve início a exploração de diamantes de forma planeada, mas só em 2016, no Lulo, Angola surgiu aos olhos do mundo como origem de uma "pedra" de grandes dimensões.
Foi nesse ano que a Lucapa mostrou o seu diamante de 404 quilates, o maior extraído em Angola desde sempre, e ainda outros dois, com 227, em Fevereiro de 2017, e 172 quilates (Março de 2016), que preenchem o pódio das maiores descobertas em solo angolano.
Estas gemas, consideradas de grande qualidade, especialmente a de 404 quilates, que foi vendida por 16 milhões USD à De Grisogono, de Isabel dos Santos e Sindika Dokolo, posteriormente transformada numa joia de 163 quilates e vendida por 34 milhões, fizeram com que o Lulo obtivesse o estatuto da mina mais valiosa por quilate em todo o mundo, atingindo em 2016 os 2 983 USD/quilate.