Esta nova vacina, que ainda é responsável por 80% das mortes de crianças com menos de cinco anos, foi desenvolvida por investigadores de Oxford, Reino Unido, garante pelo menos dois anos de quase imunidade total à doença que, só em Angola, tira a vida a mais de 12 mil pessoas e mais de seis milhões de casos são registados todos os anos.
Os investigadores, citados pelas agências, dizem que esta vacina pode, finalmente, ser um ponto de viragem na luta que a Humanidade trava há décadas com um dos seus maiores inimigos de sempre, não só porque se está a revelar eficaz mas, essencialmente, porque vai chegar onde é mais precisa a baixo preço.
Alias, a questão financeira é apontada por quase todas as organizações internacionais que combatem os efeitos devastadores da malária como a razão pela qual ainda não existe um tratamento preventivo para esta que é claramente uma doença dos países pobres, o que não garante aos laboratórios das farmacêuticas multinacionais lucros chorudos como quando resolvem problemas de saúde existentes nos países ricos do ocidente, como foi o caso recente da Covid-19, para a qual foi encontrada uma vacina eficaz em poucos meses, quando a malária mata há séculos sem uma solução preventiva, embora tratamento eficaz já exista há muitos anos.
No entanto, esta não é a primeira vacina para esta doença, porque há menos de dois anos, a também britânica GSK lançou um medicamento preventivo que recebeu autorização da agência da ONU para a saúde, a Organização Mundial de Saúde (OMS), para uso em todo o mundo, tendo já sido responsável por salvar milhares de vidas, especialmente crianças em África.
No entanto, aquela primeira vacina veio a revelar-se pouco eficaz, embora, ainda assim, perto de 60%, observando-se ainda uma redução da sua efectividade com o passar do tempo, quando a da Oxford, ao que tudo indica, e depois de testes feitos em humanos, para já, chega aos 77% de eficácia.