Quem vai substituir, no próximo mês de Maio, o actual Presidente, ainda não se sabe, porque, ao fim de 48 horas passadas desde o fecho das urnas, só foram divulgados pela Comissão Nacional Eleitoral Independente resultados parciais de um dos 36 estados autónomos - dentro de 15 dias vão ter lugar as igualmente importantes eleições regionais -, mas sabe-se que será um dos três favoritos.
Peter Obi, apoiado pelo Partido Trabalhista, com forte implantação entre os jovens, é a novidade nesta disputa, até porque se vier a ganhar, será a primeira vez em décadas que o Presidente da Nigéria não sai das fileiras dos dois gigantes da política nacional, o Congresso de todos os Progressistas (no poder), que avançou com o governador de Lagos, Bola Tinubo, e Atiku Abubacar, do Partido Democrático Popular.
Os relatos das agências internacionais sublinham fortemente as dúvidas que existem sobre quem vai sair desta corrida na frente e mesmo alguma ansiedade sobre o "day after", porque alguns analistas admitem poder haver problemas agudos por causa do clima de forte tensão das últimas semanas, com tumultos em várias cidades devido à escassez de notas de banco a circular por causa de uma intempestiva troca das velhas por novas notas pelo Banco Central, ao que se soma a violência jihadista do Boko Haram, as guerrilhas do Delta do Níger ou os rebeldes independentistas do Biafra.
Os atrasos na divulgação dos resultados devem-se, em grande medida, ao facto de a votação de Sábado se ter estendido em vários estados para Domingo devido à forte adesão ao voto e a problemas logísticos que tardaram a ser resolvidos.
Para já, naquilo que é apenas uma indicação, no pequeno estado de Ekiti, Bola Tinubu segue na liderança, com uma sólida vantagem embora seja ainda muito cedo para o candidato do partido no poder fazer a festa.