Em comunicado, este órgão executivo do partido do "Galo Negro" adianta que é com "bastante apreensão e indignação" que constata "o agravamento da postura discriminatória dos órgãos de Comunicação Social Públicos, no tratamento desigual às candidaturas, favorecendo vergonhosamente o Partido-Estado, numa clara violação da Constituição e da Lei".
O maior partido da oposição enfatiza a questão da desproporcional cobertura feita pelos media estatais à campanha eleitoral das diferentes forças políticas que concorrem às eleições gerais de 23 de Agosto, onde o MPLA, como o têm sublinhado algumas organizações da sociedade civil, e também outros concorrentes, tem merecido mais tempo em antena e meios técnicos para cobertura das suas iniciativas.
Apontando ainda casos de perseguição de militantes do partido, física e verbalmente, o secretário executivo do Comité Permanente da UNITA lamenta ainda as referências que o candidato do MPLA fez sobre o conflito armado, acusando João Lourenço de "retorno ao discurso da guerra, com a intenção clara de atiçar ódios que os angolanos enterraram desde 2002, demonstrativo de que os actos de intolerância que estão a decorrer um pouco por todo o país não são factos isolados".
"A UNITA exorta o povo angolano a não ceder às provocações para que os inimigos da democracia não concretizem os seus intentos de impedir o voto de Mudança e recorda às forças de Defesa e Segurança que a sua missão fundamental é a defesa da ordem constitucional estabelecida", lê-se ainda no mesmo comunicado.