Foi o advogado Sérgio Raimundo, que defende o ex-governador do BNA, que pediu, na primeira sessão do julgamento, que José Eduardo dos Santos, fosse ouvido como declarante porque entende o causídico que é fundamental saber se foi o ex-Presidente que orientou, e como o fez, o ex-governador do Banco Central no contexto da transferência dos 500 milhões para um banco em Londres, Reino Unido.
Este pedido de Sérgio Raimundo foi de imediato recebido com a oposição do Ministério Público, sob o argumento de que o processo contém material de prova suficiente para permitir não chamar a declarar o antigo Presidente da República e pai de um dos principais arguidos, José Filomeno dos Santos "Zenu".
O colectivo de juízes acabou por concordar com o pedido da defesa e enviou ao Ex-Presidente um conjunto de perguntas.
Para Sérgio Raimundo, as respostas de José Eduardo dos Santos servirão para confirmar aquilo que o seu constituinte diz que aconteceu.
Por exemplo, que executou ordens do Titular do Poder Executivo quando autorizou a saída dos 500 milhões USD para o Credit Suisse, em Londres.
O julgamento regressa a 14 de 14 de janeiro de 2020, com a audição das testemunhas.