A contribuir para este possível mau resultado, com as intenções de voto a caírem para 37%, dos 57% que obteve em 2019, estão a catastrófica situação social no país, com desemprego em valores recorde, mas também o surgimento em cena de um novo partido, liderado pelo anterior Presidente Jacob Zuma.
Com efeito, o risco de Cyril Ramaphosa sair derrotado da votação de Maio, segundo esta sondagem da Social Research Foundation, é crescente, como tem sido possível verificar nas várias que foram feitas nos últimos meses.
O partido de Nelson Mandela, que substituiu o regime fascista em 1994, nunca foi capaz de cumprir o ensejo de progresso social prometido então pelo seu líder histórico, como se pode verificar pela evolução negativa e sistemática do desemprego, da inflação, e da queda da vitalidade económica da África do Sul, que viu o seu PIB ser ultrapassado pela Nigéria, além da questão sempre presente da corrupção.
Outras ameaças ao ANC, além do MK de Zuma, é o partido de Julius Malema, o radical de esquerda dos Combatentes pela Liberdade Económica (EFF, em inglês), actual 3º maior partido, bem como a Aliança Democrática, o maior partido da oposição até agora e que é visto como a voz da população branca sul-africana.