"Como Presidente deste país, tenho de garantir a ordem pública com o que estipula a Constituição, de forma a proteger as vodas e os bens dos cidadãos", disse o Presidente, acrescentando que estes protestos "têm uma agenda política pode detrás".
O que é contrariado por todos os manifestantes ouvidos pelos media, locais e internacionais, que refutam as palavras de Bola Tinubo, sublinhando que é a pressão do custo de vida impossível de aguentar, o desemprego, a insegurança e a corrupção que move as pessoas.
Apesar de ser público e notório que a Nigéria atravessa uma crise sem precedentes, para a qual o Governo de Bola TInubo não tem mostrado capacidade de atacar com eficácia, este veio publicamente exigir que a violência termine e que seja aberto um espaço para o diálogo, mostrando que o seu Governo se compromete a ouvir.
Este posicionamento de Tibuno está a ser visto pelos manifestantes como uma oportunidade perdida pelo Presidente para mostrar que está solidário com o sofrimento do povo, que não percebe como o maior produtor de crude africano está submerso numa crise que parece interminável e tem vindo a agravar-se.
Segundo várias fontes, durante os protestos mais recentes, que duraram quase toda a passada semana, morreram cerca de uma dezenas de pessoas, dezenas ficaram feridas e um número elevado foram detidas pela polícia.
A esmagadora maioria dos manifestantes são jovens, tal como sucedeu recentemente no Quénia (ver links em baixo), onde milhares saíram durante semana à rua pelos mesmos motivos, e prometem manter a pressão sobre Bola Tinubo e o seu Governo nos próximos dias e semanas.