Isto, porque este canal chega à ZAP através do mesmo satélite, o que deixa a ZAP sem alternativa, para já, que permita manter o canal ao dispor dos subscritores dos seus serviços, adianta ainda o seu serviço de apoio ao cliente.
O Novo Jornal pediu uma declaração ao Ministério dos Negócios Estrangeiros sobre este assunto mas, até ao momento, não obteve resposta.
A questão justifica-se porque Angola não integra os países que aplicaram sanções à Rússia mas, na prática, está a executar sanções aplicadas por terceiros devido às questões técnicas que permitem a chegada do sinal da RT ao País.
Na semana passada, a presidente da Comissão Europeia, Ursula Von der Leyen, anunciou que o anal RT e o portal de notícias Sputnik estavam banidos do espaço europeu constituído pelos 27 Estados que o integram.
Esta posição, que resulta numa opção política de censura de dois media, está a ser fortemente criticada por associações de jornalistas na Europa, embora tenha igualmente defensores. Os primeiros criticam a forma como se está a recorrer à censura para lidar com um problema político, pondo em causa princípios democráticos básicos, enquanto os segundos sublinham que estes canais são financiados pelo Estado russo e integram uma plataforma de manipulação da informação, nomeadamente sobre a guerra na Ucrânia.